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quarta-feira, 20 de março de 2013

Votação suspensa

Felizmente a Câmara de Vereadores suspendeu a votação do projeto que autoriza o município a comprar o centro comercial da Várzea Grande por R$ 5,9 milhões. Apesar do projeto estar na ordem do dia, segunda-feira, o presidente do Legislativo, Ilton Gomes (PP),  suspendeu o trâmite do projeto, depois de ouvir a Procuradora-Geral da Câmara, Paula Schamlöffel, e advogados do Igam (Instituto Gammas de Assessoria Municipal), que prestam serviços para a Câmara. Gomes acatou o conselho de que seria mais prudente suspender a tramitação legislativa do projeto até que ocorra a decisão final do caso ou que a liminar concedida pela juíza Aline Rissato Ecker seja revertida pelo Executivo.
Se a Câmara aprovasse o projeto, a decisão seria inócua, já que o município está impedido de realizar o negócio, depois de liminar concedida em Ação de Improbidade Administrativa interposta pelo Ministério Público.

Presídio de Taquara

Até o final desta semana, Gramado terá que decidir se continuará auxiliando financeiramente o presídio de Taquara, onde encontram-se 14 detentos por crimes cometidos aqui, conforme ficou decidido em reunião entre a direção do estabelecimento prisional e o Conselho Municipal de Segurança Pública. Em princípio, Gramado teria direito a 10 vagas, em troca de um auxílio de R$ 36 mil por ano.
O diretor do presídio, Evandro Teixeira afirma que o presídio abriga muito mais detentos do que a sua capacidade, com custos cada vez maiores. Ele reclama que o Estado não tem pago seguer as despesas de luz, água e manutenção básica dos veículos e instrumentos de trabalho.
É de se estranhar que o diretor do presídio de Taquara venha até Gramado para reclamar o pagamento dos detentos locais, cujo valor é irrisório. Alguém poderá dizer que esta deveria ser uma obrigação do Estado, que nos cobra regiamente os seus tributos. Na teoria, está perfeito. Na prática, não. Com presídios superlotados e sucateados, é uma benção ainda termos vagas para os crimes cometidos em solo gramadense, em troca de míseros R$ 36 mil anuais.
Enquanto se discute R$ 36 mil para a manutenção de criminosos presos, existe a certeza de que é um bom negócio comprar um centro comercial por R$ 5,9 milhões para transformá-lo em um posto de saúde. É o que é.

Fonte: Miron Neto