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terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma nova forma de trabalhar

Espero um senhor meio corcunda e falador consertar o chuveiro de casa. Olho para o relógio, tentando me acostumar com a ideia de que chegarei atrasado no primeiro dia de trabalho. Ou melhor: de cotrabalho, ou coworking, do original em inglês. Por alguns dias trocarei a vida corporativa pelo trabalho nesse novo modelo criado pelo americano programador de sistemas Brad Neuberg e que, desde 2008, vem sendo adotado.

Em 2005 Neuberg perguntou-se como seria possível unir a liberdade de trabalhar fora das amarras corporativas com a disciplina e a socialização de um escritório, fugindo das tentações do home office — o canto aconchegante do sofá, ou o encanto de uma televisão solitária. Achou a resposta na sua casa: fundou o Factory Hat, ou melhor, deu esse nome ao loft que dividia com mais dois amigos em São Francisco e resolveu alugar espaços para outros trabalhadores como eles. República à noite, escritório comunitário pela manhã. Começava assim o movimento de coworking.

Saiba mais

Depois de quase uma hora de espera, chego ao Ponto de Contato, um dos primeiros espaços dedicados ao coworking no Brasil, escondido em um pequeno prédio no bairro de Pinheiros. Descubro de cara uma das vantagens de cotrabalhar: o horário flexível. Você paga pelo seu espaço — parte de uma grande mesa ou bancada. Ou aluga uma mesa inteira, para acomodar até seis pessoas da sua empresa. O aluguel é cobrado por período, o que estimula a planejar com cuidado quanto tempo realmente é necessário trabalhar e em que horário é preciso começar.

Entre paredes brancas e decoração moderna, a copa e a sala de espera partilham um mesmo espaço. Adiante, uma outra sala abriga quatro mesas retangulares com setores alugados por período. Não há paredes entre eles.

Para a criadora do empreendimento, Fernanda Nudelman Trugilho, 28 anos, esse novo entorno beneficia quem opta pelo sistema. "Várias pessoas nos contam como esse ambiente as inspira a trabalhar. Não é porque temos um ambiente menos formal que ele deixa de ser profissional", afirma a empreendedora.

Fernanda decidiu começar sua carreira de empresária no coworking, depois de uma tentativa frustrada de home office, como freelancer em publicidade. "Depois de alguns meses começaram a aparecer todos os problemas de trabalhar em casa", afirma a empreendedora. "Desde a falta de infraestrutura, de privacidade e, principalmente, de disciplina, de uma separação entre vida pessoal e trabalho." Conheceu o sistema de coworking pela internet e achou que em pouco tempo o Brasil estaria repleto de locais cheios de funcionários cotrabalhando em harmonia.

Em 2008 desistiu de esperar e criou o Ponto de Contato, com um investimento inicial de quase R$ 80 mil e o propósito de chamar a atenção de quem trabalha em casa. Conseguiu atrair profissionais autônomos e pequenas empresas. "Costumamos dizer que somos uma startup que auxilia outras startups", afirma Daniel Fiker, 29 anos, formado em relações internacionais e sócio de Fernanda. Ele me apresenta o lugar e mostra a mesa em que começarei minha experiência como cotrabalhador.

Festuris evidencia a força do turismo GLBT

Realizado pelo quinto ano consecutivo dentro do Festival do Turismo de Gramado, o Salão GLS contará com destinos nacionais e internacionais, além de imprensa especializada. Esta crescente mostra que o turismo GLBT ((gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) é um dos segmentos que mais cresce ao redor do planeta, o que faz com que grandes empresas se especializem em atender apenas ao público gay.

Como sempre faz, o Festuris se antecipa às tendências de mercado e elabora painéis em seu congresso, e novos salões de expositores específicos, visando as modificações do setor turístico mundial. O turismo GLS começou a realmente ganhar força nos últimos três anos, mas o Festuris já instrui o mercado com esta informação anos antes.

Já estão confirmados para a 25ª edição do evento no Salão GLS, expositores vindos de países do Mercosul, como Peru e Uruguai, e de destinos nacionais, como São Paulo, Recife e Santa Catarina, além de imprensa especializada neste setor.

Rercord

De acordo com dados do "LGBT Travel Report 2013" (relatório de viagens GLBT de 2013), as viagens de lazer do turista GLS devem ser ampliadas em quase 10% neste ano, movimentando US$ 181 bilhões. Os dados apontam um crescimento de 9,7% para 2013, em relação ao ano passado. Para o cenário econômico em que se encontram muitos países, o percentual foi tido como um incremento sólido do grupo em questão.

O mercado dos Estados Unidos está no topo do ranking de gastos do setor GLBT, com US$ 52,3 bilhões, seguido pelo Brasil (US$ 22,9 bilhões) e Japão (US$ 18,5 bilhões). Os países europeus, juntos, superam os números nos Estados Unidos, chegando aos US$ 58,3 bilhões, enquanto a América Latina, também com todos os países que a região engloba, soma US$ 36 bilhões.

O Festuris

O Festival do Turismo de Gramado conquistou a maioridade e, ao chegar a sua 25ª edição, abre os braços para o mercado internacional. Considerada a feira de negócios de resultados mais efetivos para o trade, durante dois dias de intensa atividade cerca de 14 mil profissionais circulam pelos mais de 17 mil metros quadrados do Serra Park. Em um ambiente propício para grandes parcerias comerciais, aproximadamente 2.600 expositores ficam distribuídos em 350 estandes. A 25ª edição se realizará de 7 a 10 de novembro, no Serra Park, em Gramado. Informações no www.festivalturismogramado.com.br